13/10/2016

A música nas escolas

O Instituto Avaliar conversa com Bárbara Almeida, professora de dança do “Projeto Ser Feliz” e também fundadora do projeto “UMA”, que oferta aulas de dança urbana gratuitas para as mulheres.

São diversas as formas de trabalhar a música na educação, entre elas o respeito às diferenças e o conhecimento da diversidade cultural do país. “Trabalhar com os alunos os variados estilos perceptíveis no Brasil nos diferentes estados, regiões, pode ampliar a percepção dos alunos para a diversidade existente na sua própria pátria”, afirma.

Para Bárbara, a música “trabalha ritmo, trabalha poesia” e, ao ouvi-la, passamos a exercitar todas essas áreas, é inclusive uma ótima prática para a memória. Além disso, proporciona a oportunidade aos professores de oferecer exercícios de paródias que contribuem para a criatividade do estudante. “Ao se envolver com a atividade, sem dúvida o aluno dará espaço para que suas diversas habilidades sejam trabalhadas”.

Segundo Bárbara “a música é uma arte, isso já torna a sua presença na escola importante, pelo modo com que as áreas artísticas proporcionam aos alunos a percepção de novas e diferentes visões de mundo”, mas, ao mesmo tempo, afirma que “costumeiramente, as artes estão sempre servindo às festas, com coreografia para quadrilha aqui, uma música para cantar no dia das mães ali, mas o conteúdo a ser estudado fica de fora”. Por esse motivo, o ideal para as escolas, segundo Bárbara “seria que a música - como área de conhecimento - fosse uma disciplina incluída no currículo escolar”. E isso se daria, conforme relatado por ela, ensinando sobre a “história dessa arte em diferentes contextos do mundo, aprendendo a apreciá-la, cantando ou tocando algum instrumento. São inúmeras as possibilidades quando há autonomia para que um profissional qualificado, na área, tenha espaço para desenvolver atividades específicas com seus alunos”.

Conquistas têm valorizado a música na educação, a exemplo disso, temos a Lei 13.278/2017, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, referente ao ensino da arte. “A Lei 13.278/2017, que inclui as Artes Visuais, a Dança, a Música e o Teatro nos currículos dos diversos níveis da educação básica já foi sancionada. É necessário acompanhar se, realmente, tais mudanças estão ocorrendo”.

Bárbara complementa dizendo que o papel da escola, dos professores, diretores e supervisores é “abrir espaço para as artes enquanto área de conhecimento”

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