08/03/2016

Por que se lembrar do dia 8 de março?

Hoje é um dia especial, em que nos lembramos da luta por igualdade. Uma data que refere-se às barbáries, sofrimentos, lutas, derrotas e vitórias. Um dia que marca as conquistas e progressos, não apenas de um gênero, mas de nações. Estamos falando do Dia Internacional das Mulheres, data que não se baseia em contos de fadas ou mitos, mas, sim, em mulheres reais que lutavam para sobreviver e superar as adversidades.

O que elas queriam? Liberdade, melhores condições no trabalho, direito ao voto, direito de ser mulher e direito à vida. Essa realidade não se inicia em 1857, o desejo por igualdade de direitos é antigo, no entanto, algo histórico ocorreu nesse ano nos Estados Unidos. Tudo aconteceu em uma fábrica de tecidos, onde operárias indignadas com a exploração e opressão resolveram reivindicar melhores condições de trabalho. O diálogo foi trocado por repressão e violência. E os opressores as trancaram dentro da fábrica que foi incendiada com 130 mulheres.

Ainda hoje mulheres em todo o mundo sofrem, são impedidas de gritar por liberdade e também morrem por seus ideais. No Brasil há vários símbolos dessa luta: Chiquinha Gonzaga (1847 - 1935), primeira mulher a estar à frente de uma orquestra; Rita Lobato (1867 -1954), primeira mulher brasileira a obter diploma de medicina; Carolina Maria de Jesus (1914 – 1977), uma das primeiras escritoras negras do Brasil; Anésia Pinheiro Machado (1904 – 1999), primeira aviadora a transportar passageiros e realizar voos acrobáticos; Rachel de Queirós (1910 - 2003), primeira mulher a entrar na Academia Brasileira de Letras; Maria da Penha (1945), símbolo da luta contra a violência doméstica; e muitas outras mulheres, que fazem do dia 8 de março uma data a ser lembrada todos os dias.


Chiquinha Gonzaga


Rita Lobato


Carolina Maria de Jesus


Anésia Pinheiro Machado


Rachel de Queirós


Maria da Penha

Essa história não foi um conto de “era uma vez”, pois essas mulheres existem e vivem em nossa memória e em nosso meio, são guerreiras que lutaram e lutam não apenas para sobreviver, mas para viver. E hoje, elas estão em cada olhar de uma mulher, em cada sorriso, em cada conquista e em cada direito que adquirimos. Essas mulheres, somos nós.

Queremos parabenizar as mulheres por todos os dias se fazerem ouvir a voz de quem tanto grita por liberdade. Em especial à Presidente Lúcia Alves Faria Mattos e todas as mulheres do Instituto Avaliar.

Texto: Raquel Siqueira

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